Atualizado: 05-12-2023 | Tempo de leitura: 2 minutos

Prefeitura de Valente realiza bate-papo pautado no Dia da Consciência Negra

No dia em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a Prefeitura de Valente por meio da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Cidadania realizou no Memorial Municipal um bate papo pautado em políticas públicas, racismo, saúde mental do negro, cultura afro-brasileira, construção e reconhecimento da identidade negra no Brasil,  com as presenças de profissionais que abordaram diferentes contextos na mesma temática e  com participação do público presente.
Mestre Kako, capoeirista, considerou que a cultura negra está se enfraquecendo e com o risco de ser esquecida. Já o professor Adaltro José, relatou atos de racismo por ser negro e importância a pensar nas situações de discriminação e preconceito enquanto desrespeito aos nossos direitos e não como algo natural.
O professor, advogado e escritor Danilo Éder levantou a questão do reconhecimento da identidade negra e saúde mental. Eduardo Mota, praticante do candomblé, considerou que a intolerância religiosa, além da falta de conhecimento histórico, se dá por ser de uma religião vinda dos negros, lembrando-se da marginalização do negro no país.
Cristina Moura, educadora e coordenadora da educação infantil de Valente, falou da importância de tratar desde a infância sobre a consciência racial e a que a educação é a força motriz para a equidade.  Participante ativa de movimentos sociais, a educadora, salientou que a importância de pautar na agenda pública um dia como esse. “A gente acredita que é nesses espaços que podemos debater políticas públicas e  apontar ações que podem ser feitas. Sabemos que a luta pelo negro tem que ser todos os dias, mas o dia da Consciência Negra é marcado pela resistência e pela apresentação das demandas que o negro ainda sofre. Hoje nós somos a metade da população, mas em espaço somos quase invisíveis. O negro ainda continua invisível no espaço de participação de poder. E as políticas públicas elas precisam ser pautadas e serem executadas . E esse é o grande desafio. É uma demanda muito grande que exige esforços e recursos”, explica  Cristina.
Os convidados também alertaram sobre dados alarmantes, a cada 23 minutos morre um negro no Brasil, a taxa de homicídio é mais que o dobro da de brancos no país, apenas 12% dos ingressos nas universidades são negros, apesar de ter dobrado nos últimos 10 anos, o número ainda é muito baixo.
A Prefeitura de Valente busca através desse encontro, traçar políticas e ações para reduzir a desigualdade e possibilitar a equidade para todos.

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Jorge Calmon Acesso

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